(11) 3582-7804 | WhatsApp (11) 9 4170-2266 [email protected]

Na terceira postagem sobre raças vamos falar sobre as raças de guarda ou “primitivas” que foram originadas para fornecerem: força, “artilharia” durante os períodos de guerra, carne e pelos.

São cães de raças fortes e nem sempre de fácil “tradução de sentimentos”, ou seja, são animais dóceis até certo ponto e muito desconfiados. Necessitam de muito exercício físico e mental para manterem-se equilibrados no corpo e na “alma”. São grandes guardiões de seus líderes, e por isso mesmo devem ser tratados com muito respeito pelos demais membros da matilha (ou da casa). Caso alguém na casa não tenha voz ativa junto ao animal vale a pena redobrar a atenção ao deixar esse membro sozinho com ele.

Devemos lembrar que apesar de mansos, muitos têm, instintivamente, a característica do combate. Então, redobre a atenção com crianças e idosos, pois cheiros e barulhos diferentes podem ser identificados como alerta! E a culpa não é deles!

Esse grupo de cães apresenta raças heterogêneas com a função em comum de guarda (Akita, Husky siberiano, Malamute, Samoieda, Cane corso, Rottweiler, Dobermann, Boxer, etc.). Estes  foram cães criados inicialmente para serem combatentes em linhas de batalha ou guardiões de propriedades e rebanhos.

Um erro comum do proprietário de um animal com essas características é querer um animal agressivo. Os cães que desempenham esse tipo de função deveriam, na verdade, ter o temperamento estável. A agressividade apenas deve existir na eminência de ameaças. O treinamento destes animais é extremamente recomendado (por profissional habilitado e de confiança), portanto.

Atualmente a legislação brasileira (a Lei 13.131/01 – Lei Municipal da Propriedade Responsável, Decreto-Lei n. 3.688/41 – Lei das Contravenções Penais e os artigos 932 a 934 do Código Civil) já conta com cláusulas que amparam os cidadãos que sofrem ataques ou têm problemas com animais agressivos e descontrolados. Portanto, é uma questão de cidadania ter e cuidar de seu cão de guarda de uma maneira diferenciada!

Alguns desses guerreiros tinham outras funções não tão gloriosas quanto as do campo de batalha. O Shar pei e o Chow chow são exemplos disso. Eles foram utilizados durante anos para fornecimento de carne e pele, além das funções de guarda descritas acima. Ou seja, eles eram também a criação! Por isso muitas linhagens desses animais trazem comportamentos agressivos quando contidos, em ambientes diferentes ou acuados.

Já os Huskys siberianos, Malamutes do Alasca, Cães da Groelândia e Samoiedas são utilizados também como meios de transporte no gelo. São os famosos “puxadores de trenó” das terras geladas. Estas raças trabalham até hoje levando o homem aos locais mais inóspitos desse planeta e são muito fiéis aos seus donos. Normalmente são animais resistentes a dor e de condição física impressionante. Mas a criação dessas raças em zonas tropicais traz uma série de implicâncias que devem ser levadas em consideração pelos futuros donos! Eles têm um pelame espesso e sofrem muito nas épocas de calor intenso…

Todos esses guerreiros merecem, no entanto, uma coisa em comum: Carinho! Independente da força e coragem que seu companheiro peludo tenha, ele sempre aceitará um bom afago ao final de mais um dia de luta!

Boa semana a todos!

Referências:

http://www.robertotripoli.com.br/site, http://www.acb.org.br/racas, http://www.chow.com.br/historico.php