(11) 3582-7804 | WhatsApp (11) 9 4170-2266 [email protected]

Já existem no mercado alguns itens que auxiliam os animais portadores de deficiências locomotoras – ou ainda não – e seus donos, no dia-a-dia doméstico.

Amenizar os obstáculos que os animais, principalmente os cães, têm que transpor em suas casas, passou a ser uma questão de evitar o aparecimento ou a piora de um quadro de coluna ou doença articular. Durante cada novo atendimento em meu consultório revelo algumas dicas de manejo diário que retardam a piora do animal.

Escadas ou rampas que eliminam ou atenuam os trancos de subir e descer de sofás e camas já podem ser adquiridas ou até mesmo boladas com alguma criatividade.

As escadas são um problema e devem ser evitadas ao máximo, principalmente se o animal em questão não tiver o costume de se exercitar e, consequentemente, não apresentar massa muscular suficiente para agüentar os longos anos de impacto em suas articulações (incluindo-se a coluna).

Quem disse que “na descida todo santo ajuda” não estava referindo-se ao estrago que a descida de vários degraus ao longo da vida faz na coluna de um baixinho quadrúpede! A instalação de portões em uma das extremidades (ou até mesmo ambas) da escada pode fazer com que o seu companheiro peludo seja obrigado a esperar para encarar a escada em seus braços. No colo tão querido e desejado por ele!

Claro que as escadas não são uma fonte tão grande de problema para os grandões de plantão, mas quando isso ocorre não tem jeito: se não dá para levá-lo no colo o negócio é evitar os tão famigerados degraus!

O piso liso pode ser um grande aliado dos donos de cães e gatos pela facilidade de sua higienização, porém tornou-se um pesadelo para as articulações destes peludos moradores. Ao correr e derrapar o animal faz uma utilização exagerada de suas articulações, apresentando desgastes articulares, tendíneos e ligamentares, ao longo de sua vida. Na idade mais avançada – ou às vezes nem tanto – este animal pode começar a claudicar (mancar) e ter uma alteração no seu andar oriunda dessa “super-utilização articular” devido à falta de atrito com o piso.

Dicas:

Caso não queira trocar todo o piso da área utilizada pelo animal, coloque passadeiras antiderrapantes, evite estimulá-lo a correr em ambientes escorregadios e mantenha a musculatura dele sempre em dia com caminhadas e variações de terrenos (gramados, areia, pedregulhos, cascalho) e ângulos (retas, rampas, subidas, morros).

Mas, cuidado com o súbito excesso de exercícios! Assim como nós, eles também precisam ganhar resistência física gradualmente.

Animais com tendência a apresentar dores no pescoço (“aqueles rebaixadinhos”, por exemplo) não devem ser conduzidos com coleiras cervicais ou enforcadores, mas sim com peitorais. Os pratos de água e comida devem ser colocados mais altos para facilitar o acesso destes e suas camas não devem ter aquelas laterais mais altas – que eles tanto gostam de utilizar como travesseiros.

Ao levar o animal pela primeira vez em um banho e tosa, certifique-se de que não haverá utilização de força em excesso para a contenção de seu companheiro peludo. Muitas lesões em coluna ou articulações começam desta forma. Lembrem-se! O banho deve ser uma situação de prazer para o animal, nunca um trauma!

A Acupuntura Veterinária consegue muitas vezes restabelecer o bem-estar do animal, mas a durabilidade deste equilíbrio está diretamente ligada a preocupação do proprietário em reduzir a chance de novas lesões ou do agravamento das já existentes.

E por último e não menos importante, nunca deixe de exercitar o seu animal. Nenhum corpo é saudável parado! Nem na infância nem na senilidade! Coloquem seus velhinhos para andar!!!

Carolinne Torres