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Técnica bastante procurada por donos de animais de estimação se mostra eficaz no tratamento de muitas doenças

Confira a entrevista da Dra. Carolinne Torres realizada pelo nosso parceiro Cãopetente.

Cãopetente – Apesar de a acupuntura ser uma prática milenar, quando sua utilização se tornou mais usual na medicina veterinária?
 
Carolinne Torres – A acupuntura foi descoberta em animais há 3500 anos A.C. Ela foi iniciada quando um cavalo recebeu uma flechada em meio a guerra. A flecha fez com que esse animal parasse de sentir dor e voltasse a andar normalmente. Alguém observou esse fenômeno e iniciou a punção de alguns pontos do corpo do cavalo para desencadear reações orgânicas. Depois os estudiosos orientais levaram as técnicas aprendidas para o ser humano. Foi na década de 1980 que a acupuntura voltou com mais força para a veterinária, sendo aqui no Brasil extremamente avançada, mesmo quando nos comparamos aos Estados Unidos e à Europa.
 
Cãopetente – Qual a formação necessária para aplicar a técnica de acupuntura em animais?
 
Carolinne Torres – Qualquer tratamento realizado em animais deve ser feito por um médico veterinário. O nosso conselho de classe nos assegura isso. Precisamos cursar a medicina veterinária e em seguida fazer o curso de especialização, ou seja, leva em média sete anos para a formação em acupunturista veterinário ocorrer.
 
Cãopetente – Em quais situações a acupuntura pode ser realizada?
 
Carolinne Torres – A acupuntura pode ser realizada sempre que houver desequilíbrio orgânico. Ou seja, em praticamente todas as enfermidades conhecidas, desde problemas ósseos até questões hormonais. Atualmente, na Flor de Lótus, temos pacientes com problemas locomotores (coluna, articulações, artroses); com alterações de pele, problemas relacionados ao comportamento, alterações nos olhos e até mesmo atletas de Agility, nesse caso prevenindo possíveis lesões.
Isso não significa que a medicina ocidental seja descartada. Todas as formas de tratamento são bem-vindas e podem ser usadas conjuntamente.
 
Cãopetente – Quais os principais benefícios da acupuntura?
 
Carolinne Torres – A medicina tradicional chinesa tem a acupuntura como uma parte de seu arsenal de terapias e todas em conjunto buscam o equilíbrio. Seja do corpo, da energia e do ambiente no qual o ser está inserido. Com o corpo equilibrado não há doença, não há fraqueza e não há susceptibilidade ao exterior (meio ambiente, outros seres, problemas). Ou seja, a vida se torna harmoniosa. Mas para isso acontecer, devemos lembrar que a cura não depende apenas de quem aplica as técnicas de tratamento, mas também do próprio ser que as recebe.
 
Cãopetente – Assim como nos humanos, a acupuntura pode contribuir para casos de ansiedade, depressão ou outras doenças emocionais ou que não sejam físicas?
 
Carolinne Torres – Sim. No caso da medicina veterinária temos a ansiedade da separação como caso clássico de problema mental a ser tratado. A fobia e as diversas alterações de comportamento também podem ser amenizados e até mesmo curados. Mas em qualquer problema de ordem não física há uma grande colaboração por parte do meio em que vivem os animais, ou seja, seus donos e suas casas devem fazer parte do tratamento. Isso implica, na maior parte dos casos, em mudanças nos hábitos e na estrutura hierárquica assumida pelos proprietários, e aí é que o “bicho pega” (com o perdão do trocadilho…).
 
Cãopetente – Claro que cada caso demanda um tempo. Mas em média, qual o tempo de tratamento necessário para se obter os resultados esperados?
 
Carolinne Torres – O tratamento irá variar sempre com a extensão do problema apresentado, com o tempo de demora em procurar ajuda e com a idade do animal. De forma geral, vemos os casos de coluna (sem paralisia) e dor melhorarem e terem alta em torno de três meses após o início do tratamento, com sessões semanais. Já os casos de paralisias podem tanto ter desfechos rápidos, um mês; quanto lentos, um ano. Mas geralmente já temos uma noção sobre o potencial de resposta do paciente, entre a primeira e a quarta aplicação.
 
Cãopetente – A Flor de Lótus trabalha apenas com cães e gatos? Atendem apenas na clínica ou também em domicílio?
 
Carolinne Torres – Flor de Lótus, em função da sua localização na cidade de São Paulo e adjacências, atende mais casos entre cães e gatos. Mas toda a equipe é habilitada para atuar em outras espécies, até mesmo os animais silvestres. Os atendimentos são realizados na Sede, nos nossos parceiros na Grande São Paulo e no ABC; e também em domicílio, dependendo da região.
Cãopetente – A acupuntura pode substituir em algum caso o uso de medicamento ou deve ser feita necessariamente junto com este?
 
Carolinne Torres – Sim. Podemos substituir, principalmente quando usamos fitoterapia junto. Na maioria dos casos a substituição é feita em conjunto com o clínico que já trata o animal ou, no caso do animal não possuir um clínico próprio, com a supervisão do nosso consultor clínico, o Dr. Huber Gama Filho. Há também a possibilidade de utilizarmos em conjunto as medicações e a medicina tradicional chinesa.
 
Cãopetente – A acupuntura é indicada para animais com paralisias diagnosticadas como irreversíveis? Se sim, por quê?
 
Carolinne Torres – Quadros de paralisia, de forma geral podem ser tratados com acupuntura. O quadro irreversível é irreversível, mas precisa de um diagnóstico sério para atestar isso. Na maioria dos quadros de paralisia há a possibilidade de tratamento, seja cirúrgico ou por técnicas menos invasivas, como é o caso da acupuntura. Mesmo nos quadros mais improváveis há possibilidade de melhora da qualidade de vida.
 
Cãopetente –  É um tratamento acessível do ponto de vista do investimento?
 
Carolinne Torres – É bastante acessível sim. Na nossa sede o custo na primeira avaliação já inclui também a primeira aplicação. Existem pacotes de sessões com descontos e os valores cobrados nos parceiros e em domicílio são diferenciados.
 
Cãopetente – Certamente que todo caso bem sucedido é digno de muita alegria. Mas cite um que particularmente te emociona.
 
Carolinne Torres – Temos o Urso, um dos casos mais emocionantes, pois os donos são dois senhores, que vinham de Parelheiros (bairro de São Paulo) toda semana e traziam o pastor belga no porta-malas do carro. Eles são humildes e com várias limitações físicas. Mas fizeram todas as sessões até o fim. Ao final do tratamento me falaram que gostariam que os médicos deles os tratassem como eu tratava o Urso. Foi emocionante ver o dia em que o Urso subiu as escadas do consultório sozinho e entrou na minha sala fazendo festa e abanando o rabo.

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