E sua ampla funcionalidade dentro da medicina integrativa
Com o envelhecimento dos nossos animais de estimação e suas expectativas de vida cada vez maiores, nosso olhar como médicos veterinários voltado às fases mais jovens, com uma medicina generalista, com programas preventivos que ficam apenas na vacinação e castração, ou mesmo, com o uso indiscriminado de terapias curativas, está cada vez mais incompleto.
Os tutores dos nossos pacientes estão cada vez mais atentos e informados. E esse empoderamento é muito importante para começarmos uma mudança na forma de realizarmos a medicina veterinária. Ou seja, olharmos para um programa de envelhecimento dos nossos pacientes, com planejamento terapêutico adequado e voltado à medicina preventiva, a cada momento de vida desse paciente, ao controle sintomático e à consequente manutenção da funcionalidade desses pacientes e sua qualidade de vida.
É importantíssimo que tenhamos consciência das necessidades desses pacientes em cada fase de suas vidas, assim como uma proporcionalidade nas nossas condutas terapêuticas.
A manutenção de atividade física, banhos de sol, a presença dos tutores e convivência com outros animais e a natureza são peças-chaves nessa manutenção física e psíquica dos nossos pacientes animais.
O papel dos tutores no programa de saúde de nossos queridos pacientes é fundamental, mas muitas vezes é insuficiente para um reconhecimento precoce de sintomas e problemas de saúde. Num estudo recente, mesmo pacientes examinados por colegas veterinários da Inglaterra e sem sintomas aparentes, quando submetidos aos exames complementares, demonstraram algum grau de disfunção orgânica já presente.
Isso mostra que a nossa medicina geriátrica pode ser preventiva, mesmo com problemas já existentes. Avaliações e tomadas de decisão precoces, assim como um bom planejamento terapêutico em conjunto com o tutor e seus hábitos de vida, são fundamentais para esse novo rumo da nossa profissão.
A redução medicamentosa, ou seja, o combate pelo uso indiscriminado e exagerado de medicações alopáticas (ou mesmo de fitoterápicos, homeopatias, nutracêuticos) é um dos fatores que devemos avaliar no planejamento terapêutico. Pois como diria um professor meu da pós-graduação: |caso tenhamos tentado uma medicação e ela não tenha nenhum efeito no paciente, deve ser retirada, pois mesmo sem efeito terapêutico, ela é metabolizada pelo organismo|. Isso significa que muitas vezes estamos atrapalhando o corpo no seu processo contínuo de homeostasia (manutenção do equilíbrio) ao invés de ajudar com nosso arsenal químico.
Quer dizer que sou contra o uso de medicações? De forma alguma!
Acredito no uso inteligente de todas as formas de medicina em prol do paciente!
Por isso me apaixono a cada dia pela área de atuação que decidi seguir e na qual minha empresa atua. A reabilitação animal.
Com as nossas ferramentas da reabilitação em conjunto com as terapias convencionais da medicina veterinária (alopatias e terapias intervencionistas) conseguimos muito pelo paciente. Conseguimos avançar em áreas que a medicina veterinária tradicional, ensinada nas faculdades, muitas vezes esbarra, limita-se.
Por que não damos as mãos, então?! É isso que propomos aqui na @flordelotusvet.
Clínicos gerais e demais especialidades médico-veterinárias, vamos juntos nessa caminhada? Vamos dar mais vida aos dias desses baixinhos peludos que tanto amamos e pelos quais fizemos a faculdade que fizemos?!
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Nossas consultas de medicina integrativa, medicina geriátrica e medicina paliativa são embasadas nessas premissas e podem ser o melhor caminho para pacientes idosos ainda hígidos ou já com algumas alterações orgânicas instaladas.
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Estamos aqui por vocês, tutores e colegas veterinários. Basta entrarem em contato e estenderem as mãos!
#flordelotusvet #medicinageriatrica #maisvidaaosdias #medicinapreventiva #cuidarcomamor
Autora: Dra Carolinne Torres
Referências:
https://labyes.com/pt-br/envelhecimento-de-caes-e-gatos-veja-como-atrasar-os-sinais-associados-a-maior-idade/
Vet Clin Small Anim 42 (2012) 809–822/Alternative Medicines for the Geriatric Veterinary Patient
Results of Screening of Apparently Healthy Senior and Geriatric Dogs A. Willems, D. Paepe, S. Marynissen, P. Smets, I. Van de Maele, P. Picavet, L. Duchateau, and S. Daminet /J Vet Intern Med 2017;31:81–92
