Emergências podem surgir a qualquer hora do dia e da noite, por mais cuidadosos que os tutores sejam. Nesses momentos delicados e aflitivos, a primeira providência é manter a calma. Em seguida, lembrar que alguns procedimentos podem ser feitos em prol do seu gordinho antes de levá-lo ao veterinário. Mas, de forma alguma, essas intervenções devem colocá-lo em maior risco do que ele se encontra.
É importante ressaltar que leigos jamais devem se envolver com as seguintes condutas: antídotos, estímulos de vômito, ingestão de líquidos ou medicamentos. Outras medidas, no entanto, se devidamente executadas, estão liberadas.
Uma delas é a imobilização do seu amigo em crise de dor de coluna ou abdominal. O tutor deve de antemão aprender a forma correta de se pegar o pequeno peludo no colo: sempre mantendo a coluna em sua posição original, o mais perto do corpo humano, com nosso braço passando no meio dos braços e pernas dele (gordinhos pequenos) ou pegando em duplas (gordinhos grandes), deixando-o o mais estável possível. Nunca carregar o peludo pelos braços ou pelas axilas.
Em caso de internação em dias quentes, recomenda-se colocar garrafas pet de água gelada no meio das perninhas e bracinhos do amigo peludo. Também é benéfico molhá-lo por inteiro com água fria. E jamais permitir que ele beba água em excesso de uma só vez. Por fim, levá-lo o mais rápido possível ao veterinário.
Se houver traumas por atropelamento ou queda, o ideal é posicionar o gordinho com muito cuidado numa estrutura rígida, como uma maca. Uma vez nessa posição, enrole o corpo dele num pano de maneira que ele fique estabilizado na estrutura rígida. Pode ser um lençol fixando o corpo do peludo na maca de forma confortável e não exageradamente apertada.
Deixe os braços, as pernas e a cabeça de fora, sem apertar demais. Uma caixa de papelão pode ser utilizada, mas, lembre-se, o pet não deve ficar se chacoalhando muito de um lado para o outro. Portanto, o ideal é que a caixa não seja tão maior que o corpo do gordinho.
Episódios de convulsões costumam assustar e, consequentemente, provocar reações impulsivas. Tente manter a calma e lembrar que não há necessidade de segurar a língua do seu amigo peludo, pois ao contrário do ser humano, não há risco de sufocamento com a própria língua. Além disso, o pet pode travar a mandíbula, causando sérias injúrias no humano que tentar manipular sua boca. O importante é fixá-lo para que ele não se machuque ao se debater.
Vale colocar travesseiros ou a própria caminha para protegê-lo. Nessas ocasiões, o ideal é reduzir os estímulos ambientais, sobretudo, a iluminação e o som, e tentar acalmar o peludinho com muita tranquilidade.
Caso haja contato de pele com produtos químicos (como tintas, por exemplo), o melhor é lavar a maior área possível com água fria e sabão neutro, sem utilizar solventes ou outros produtos químicos que aparentemente possam facilitar a remoção. E sempre tomar cuidado com peludos desconhecidos. O mais prudente é utilizar focinheiras e luvas para manipulá-los com boa margem de segurança.