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Quem nunca se deparou com uma claudicação (ato de mancar) que vai e vem em seu animal de estimação? Que aumenta quando o animal levanta e inicia o movimento? Que ao se movimentar, aquecer e alongar melhora ou até mesmo cessa? Que no frio aumenta e no calor diminui?

Pois é, existe uma grande chance do seu baixinho peludo já ter presente em uma ou mais articulações (incluindo a coluna) um processo degenerativo chamado “Osteoartrite”. Esse processo degenerativo é crônico e leva a formação de fragmentos ósseos irregulares nas articulações, chamados, então, de “Osteoartrose”.

osteoartrite cachorro artrite

Volume 16, número 3 – Alternative Medicine Review

Esse quadro é mais encontrado em animais mais velhos e/ou maiores, mais pesados, muito ativos, com predisposições raciais e até mesmo em doenças específicas como as endócrinas (diabetes mellitus, p. ex.) e infecciosas (brucelose, p. ex.).

O importante é que após o início do tratamento da causa base, ou seja, daquilo que levou o animal a apresentar as alterações ao longo do tempo, a progressão da doença e de seus sintomas seja contida.

Atualmente até mesmo a OMS (organização mundial da saúde) preconiza que o protocolo para o tratamento de tal enfermidade seja realizado com a integração das terapias existentes, ou seja, das convencionais e das não convencionais. A acupuntura é relacionada nesse documento (publicado em 2002 pela OMS) como um dos métodos de eleição para o tratamento, e não um coadjuvante.

Inúmeros trabalhos científicos têm demonstrado essa evidência ao longo dos últimos dez anos, e a medicina tradicional chinesa (MTC) vem tornando-se mais e mais respeitada no meio médico-acadêmico.

O manejo dos peludinhos em casa deve ser feito com a minimização dos degraus enfrentados no dia-a-dia e dos escorregões no piso liso. O controle do peso e da própria doença base (se esse for o caso) deve ser feito com vigor, pois caso contrário as terapias servirão apenas como paliativo temporário da dor ocasionada pela alteração articular.

A ideia não é a cura, mas sim a melhoria da qualidade de vida! E isso engloba também: menos idas ao médico veterinário! Portanto, o tratamento deve ter começo, meio e fim. Os retornos de controle são importantes, mas podem ser espaçados para que o incômodo de ir ao local de tratamento seja o menor possível para o animal.

Alguns fármacos podem e devem ser utilizados em conjunto com o tratamento de MTC nos casos crise de dor e outros devem ser evitados por reduzirem a eficácia do tratamento de acupuntura (como: corticóides, metroclopramida, ondasendrona, p. ex.).

A doença apesar de não ter cura não precisa estar presente nas vidas do animal e da família onde ele está inserido. Ela precisa de manejo adequado e de cuidados continuados para não dar o ar da graça!

Boa semana a todos!

Referências:

  • OMS (WHO) 2002– Acupuncture: Review and analysis of reports on controlled clinical trial.
  • The use of Glucosamine, devil’s claw (Harpagophytum procumbens), and Acupuncture as complementary and alternative treatments for Osteoarthritis. Marcus Sanders, BS. Volume 16, número 3 – Alternative Medicine Review, 2011.
  • Analgesic mechanism of electroacupuncture in an Arthritic pain model of rats: A Neurotransmitter study. Young-Chul Yoo. Yonsei Med J 52(6): 1016-1021, 2011.