No caderno Vida& do jornal Estado de São Paulo de hoje (09/04/2012) foi publicada uma matéria sobre o uso da eletroacupuntura no tratamento de depressão em pessoas tratadas pela Universidade de Hong Kong. A Eletroacupuntura ajuda a tratar problemas psicológicos, mostra o estudo.
O estudo durou 7 anos e utilizou pontos localizados no crânio para tratar pessoas com esse distúrbio. Os especialistas ficaram otimistas com os resultados: “A queda nos índices de depressão do grupo que recebeu o tratamento correto foi mais significativa que no grupo placebo”.
O próprio autor da reportagem cita que a OMS (organização mundial da saúde) acredita que por volta de 2020 a depressão estará entre os transtornos mais prevalentes do mundo. Como será que isso afeta aos nossos companheiros peludos?
A resposta correta é: DIRETAMENTE! Como os animais têm um sistema nervoso similar ao humano eles são capazes de experimentar esse tipo de complicação emocional. Isso significa que eles, assim como nós, experimentam sintomas e sinais de depressão, como a tristeza, o excesso de sono, a redução de apetite, entre outros.
Usualmente com as alternâncias de humor diárias entre normal e triste os proprietários nem sequer percebem o início do quadro, mas se houver persistência dessa alteração de comportamento há motivos para levarmos a sério e ficarmos de olho aberto!
Segue uma listinha de sintomas que podem estar relacionados ao quadro depressivo. Mas preste atenção, pois nem sempre o animal irá demonstrar todos os sintomas juntos!
- Letargia;
- Perda de Apetite;
- Perda de peso;
- Apego ao dono;
- Perda de interesse em brincadeiras;
- Afastamento de pessoas;
- Inquietação sem motivos aparentes.
Mais uma vez os animais, assim como os humanos, podem desenvolver a depressão por motivos relacionados ao estresse ou por desbalanço neuroquímico. Neste último caso há a necessidade de prescrição de medicação alopática e/ou de tratamentos naturais, como os relacionados a Medicina Chinesa (Acupuntura e a Fitoterapia, por exemplo).
Algumas técnicas podem ser utilizadas para melhorar o ambiente de vida do animal e trazer novamente a alegria aos olhinhos dele. Brinque com ele, faça caminhadas em parques e outros locais diferentes, dê estímulos sensoriais como cheiros, cores, texturas e gostos diferentes. Mude a rotina dele uma forma agradável e gradual!
Tente não deixar o animal sozinho por longos períodos durante o tempo de tratamento, peça a vizinhos, parentes e amigos que façam companhia ao peludinho em questão durante o seu período de ausência. Afinal de contas quem não quer usufruir da companhia de um animal de estimação sem ter toda a responsabilidade que isso carrega?! … Os cuidadores de plantão não terão que pagar as contas (rações, brinquedos, medicações, veterinários, etc.), mas terão o benefício de uma companhia maravilhosa!
Hoje em dia esses cuidadores já existem inclusive em forma de profissionais no mercado pet. Há uma gama de serviços já disponíveis nos centros urbanos, como: passeadores, creches, e “babás” de animais (pet sitting).
Não há mais desculpas para não ajudá-lo a superar essa síndrome que tanta gente já conhece!
Tenham todos uma ótima semana!
Referências:
Zhang Z-J, Ng R, Man SC, Li TYJ, Wong W, et al. (2012) Dense Cranial Electroacupuncture Stimulation for Major Depressive Disorder—A Single-Blind, Randomized, Controlled Study. PLoS ONE 7(1): e29651. doi:10.1371/journal.pone.0029651