O método contraceptivo direcionado aos pequenos peludos deve ser cercado de cuidados que vão desde uma intervenção ética e profissional até um pós-operatório bem conduzido pelos tutores.
Só quem vive com um animalzinho sabe o quanto são inconvenientes as crias consecutivas e indesejáveis – o ideal é que a reprodução seja planejada e bem recebida por todos, se assim a família desejar.
Para se evitar surpresinhas, a saída é partir para a castração, o único método contraceptivo indicado para os bichinhos.
Cuide para que a intervenção seja o mais criteriosa possível. Assim seu gordinho terá não só um excelente atendimento como também uma recuperação rápida e indolor.
Confira, a seguir, os principais pontos a serem considerados:
- A castração deve ser realizada somente após o completo crescimento e formação orgânica do queridinho da família, o que é mais facilmente identificado em fêmeas no período logo após o primeiro cio.
- O procedimento é indispensável nos casos de animaizinhos portadores de doenças congênitas e que transmitiriam essas condições aos filhotes, como, por exemplo, a displasia coxofemoral. O mesmo vale para cadelas que sofreram traumas na região da “bacia” (articulação coxal). Nessas condições, o parto se torna mais complicado e perigoso.
- O bichinho precisa ser castrado de forma ética por um médico veterinário, ou seja, ele precisa estar devidamente medicado com antiinflamatório, analgésico e antibiótico. Além disso, cabe ao profissional orientar os tutores sobre a maneira correta de conduzir o pós-operatório em casa.
- É fundamental que os tutores ministrem os medicamentos de acordo com a recomendação do médico veterinário responsável pelo procedimento. A manipulação do curativo dependerá de cada profissional. Normalmente, se o amigo de quatro patas não mexer no local, os tutores devem levá-lo ao veterinário após uma semana para refazer o curativo. A retirada dos pontos acontece dez dias após o procedimento.
- O pós-operatório dura cerca de dez dias, sendo os primeiros mais delicados, necessitando repouso e colar protetor. Nos primeiros dois dias, os pequenos peludos ficam mais quietinhos, mas com boa analgesia isso nem chega a ser percebido. O período de quietude pode até ficar restrito ao dia do procedimento cirúrgico.
- Não é normal o amigão sentir dor. Isso é má conduta. Não se usa deixá-lo em sofrimento para que “fique mais quieto”, como costumam pensar os mais velhos. A dor normalmente é identificada pela falta de apetite e pela mudança de atitudes, ou seja, geralmente o xodó da família vai ficar muito mais quieto que o normal, permanecendo deitado.
O excesso de dor pode gerar ainda um “arqueamento” das costas ao andar (cifose), um abdômen tenso e uma respiração abdominal curta. Mas, de novo, isso não é normal. Nesse caso, o animalzinho precisa ser avaliado com urgência por um médico veterinário.
- Vale destacar que um bom pós-operatório não tira o apetite dos queridos “mascotes”. Mas se o bichinho for mais sensível e rejeitar o alimento nesse período, pode-se dar rações úmidas de recuperação, mais palatáveis e de boa digestibilidade. Existem várias marcas no mercado.
- Fique tranquilo. A castração não afeta a saúde física e emocional do seu querido companheiro de todas as horas.